CÂNCER DE MAMA
NOVOS
TRATAMENTOS E DESCOBERTAS
O câncer é um importante problema de saúde pública em
países desenvolvidos e em desenvolvimento, é responsável por mais de seis
milhões de mortes a cada ano, o que representa aproximadamente 12% do total de causas
de morte em todo o mundo. (GUERRA, 2005). Atualmente no Brasil, o câncer
representa a terceira maior causa de morte entre os homens e a segunda entre as
mulheres e homens com mais de 40 anos. (FILHO, 2002).
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente
no mundo, e o mais comum entre as mulheres e sua incidência vem aumentando com
o passar dos anos, junto com o aumento da industrialização e a urbanização. A
neoplasia maligna é responsável por cerca de 20% de câncer e por 14% do total
de mortes associadas a neoplasias entre as mulheres. (INUMARU, 2011). No Brasil
é a neoplasia maligna que mais acomete mulheres. Entre os anos de 1980 e 2000
houve um crescimento na mortalidade para o câncer de mama, passou de 6,14 para
9,64 por 100 mil mulheres, um aumento relativo de 57%, e sua principal causa é
que as medidas de controle e rastreamento da doença no país ainda são muito
deficientes. Cerca de 60% dos casos são diagnosticados em estágio avançado,
pois a rede de assistência oncológica é insuficiente, inadequada e mal
distribuída. Por outro lado, em países como Estados Unidos, Canadá e Dinamarca
a incidência da doença vem aumentando, porém, a mortalidade vem diminuindo,
graças à detecção precoce. (INCA, 2002; PINHO, 2007; ZANETTI, 2011).
De acordo com diversos estudos, o câncer de mama é
considerado uma doença genética complexa, resultando em interações entre
fatores como: estilo de vida, hábitos reprodutivos e meio ambiente. (BARROS,
ANO; TIEZI, 2009; ZANETTI, 2011). Também consiste em uma enfermidade crônica,
caracterizada pelo crescimento celular desordenado, resultante de alterações no
código genético.
O uso da
técnologia e novas descobertas estão sendo associadas para o diagnótico e
tratamento do câncer de mama. Um exemplo dessa associação é o diagnóstico através de um exame de
sangue, onde a colonoscopia é substituída por um exame de fezes (HYPE SCIENCE),
outros exemplos da medicina moderna é o mapeamento genético. O oncologista
Roberto Gomes explica que várias descobertas vêm surgindo nesse campo. Já foram
detectados alguns genes que, quando alterados, aumentam as chances de a pessoa
vir a ter o câncer de mama. “Esse teste é feito no Espírito Santo e custa em
torno de R$ 6 mil. Apesar de muitas vezes o resultado não apresentar alteração,
isto não significa que o paciente está livre da doença. Do contrário, se der
alterado, a pessoa tem quatro vezes mais chances de ter a doença (GAZETA
ONLINE). Este exame é indicado quando há casos na família.
Outro
estudo está sendo realizado no laboratório da Escola de Artes, Ciências e
Humanidades da Universidade de São Paulo – EACH/USP, com a orientação do Prof.
Dr. Humberto Miguel Garay Malpartida, onde nos últimos três anos o grupo
trabalha na caracterização funcional de uma proteína denominada PANDER (PANcreatic-DERived
factor), componente de uma nova
família de citocinas denominada FAM3, nas quais o aumento da
expressão correlaciona-se positivamente com o grau de malignidade e a presença
de metástase. O conjunto dessas descobertas facilitará futuramente diagnósticos
precoces e precisos, tratamentos menos agressivos e eficazes, melhorando assim a
qualidade de vida desses pacientes.
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