Atividade
Física
na
Gestação:
Riscos
e
Benefícios
da
Prática
para
Gestantes
Exercício
físico
na
gestação
Estima-se
que
cerca
de
25%
das
mulheres
grávida
apresentam
sintomas
temporários
de
queixas
musculoesqueléticas,
principalmente
as
mulheres
sedentárias,
elas
apresentam
um
considerável
declínio
do
condicionamento
físico
durante
a
gravidez.
Esses
sintomas
temporários
são
provocados
pela
mudança
do
centro
de
gravidade,
rotação
anterior
da
pelve,
aumento
da
elasticidade
ligamentar
e
aumento
da
lordose
lombar.
Além
destes
fatores
naturais
provocados
pela
gestação
a
falta
de
atividade
física
regular
está
associada
a
uma
susceptibilidade
maior
a
desenvolvimento
de
doenças
durante
e
após
a
gestação.
(HASS,
2005)
No
início
do
século
XX
começaram
a
ser
desenvolvidos
os
programas
de
assistência
pré-natal
com
o
intuito
de
romper
o
ciclo
vicioso
entre
o
medo,
tensão
e
dor,
e
neste
programa
foi
incluído
a
atividade
física.
A
atividade
física
na
gestação
é
recomendada
quando
não
há
qualquer
anormalidade
e
mediante
avaliação
médica
especializada.
As
contra
indicações
absolutas
são
em
caso
de
sangramento
uterino
provocado
por
qualquer
causa,
a
placentação
baixa,
o
retardo
de
crescimento
intra-uterino
e
os
sinais
de
insuficiência
placentária.
Durante
uma
gestação
normal,
mulheres
que
já
praticavam
exercícios
podem
continuar
a
praticá-lo
mas,
adequando-o
as
prescrições
específicas
para
gestante.
As
recomendações
de
exercício
físico
para
gestantes
variaram
de
acordo
com
o
contexto
socio-cultural
vigentes.
(LEITÃO,
2000;
LIMA,
2005)
Benefícios
do
exercício
físico
na
gravidez
A
prática
de
atividade
física
em
gestantes
auxilia
na
manutenção
da
aptidão
física,
na
diminuição
da
tensão
no
parto
e
na
recuperação
no
pós-parto.
Outros
benefícios
da
atividade
física
na
gestante
é
o
auxílio
no
retorno
venoso
prevenindo
o
aparecimento
de
varizes
nos
membros
inferiores
e
a
melhora
nas
condições
de
irrigação
da
placenta,
além
de
apresentar
diminuição
do
risco
de
diabetes,
diminuição
de
complicações
obstétricas,
menor
risco
de
parto
prematuro,
menor
hospitalização
e
diminuição
na
incidência
de
cesárea.
Com
a
prática
de
atividade
física
na
gestação
a
mulher
passa
a
suportar
melhor
o
aumento
de
peso
e
sofrer
menos
com
as
alterações
posturais
decorrentes
desse
período.
(LEITÃO,
2000;MATSUDO,
2000).
Estudos
também
mostram
que
a
manutenção
da
prática
regular
de
exercícios
físicos
ou
esporte
apresenta
fatores
protetores
sobre
a
saúde
mental
e
emocional
da
mulher
promovendo
a
melhora
da
auto-imagem,
da
sensação
de
bem
estar,
diminuição
da
sensação
de
isolamento
social,
diminuição
da
ansiedade
e
do
stress
e
diminuição
do
risco
de
depressão
pós
parto.
(HASS,
2005;
MATSUDO,
2000)
Riscos
do
exercício
físico
na
gravidez
Segundo
estudo
epidemiológico
realizado
por
Victor
Matsudo
et
al,
2000,
mulheres
grávidas
que
trabalham
com
levantamento
freqüente
de
cargas
pesadas
incrementa
em
20-30%
o
risco
de
parto
prematuro,
outro
dos
efeitos
deletérios
preocupantes
está
relacionado
com
a
termo-regulação.
Em
estudos
desenvolvidos
com
animais
a
hipertermia
no
início
da
gestação
pode
provocar
má
formação
no
neurotubo,
e
a
prática
de
atividades
físicas
extenuante
e
prolongada
pode
comprometer
o
fluxo
sanguíneo
uterino,
podendo
provocar
hipóxia
ou
asfixia
fetal.
As
questões
éticas
nas
pesquisas
em
humanos
dificultam
a
padronização
da
prescrição
do
exercício
físico
em
gestantes
até
os
dias
de
hoje.
(LEITÃO,
2000)
Prescrição
dos exercícios físicos
Com
base nas pesquisas de Fernanda R. Lima (2005) na área de exercício
e gravidez, elaborou-se as seguintes recomendações:
•
em
grávidas
já
ativas,
manter
os
exercícios
aeróbios
em
intensidade
moderada
durante
a
gravidez;
•
evitar
treinos
em
frequência
cardíaca
acima
de
140
bpm.
Exercitar-se
três
a
quatro
vezes
por
semana
por
20
a
30
minutos.
•
os
exercícios
resistidos
também
devem
ser
moderados.
Evitar
as
contrações
isométricas
máximas;
•
evitar
exercícios
na
posição
supina;
•
evitar
exercícios
em
ambientes
quentes
e
piscinas
muito
aquecidas;
•
desde
que
se
consuma
uma
quantidade
adequada
de
calorias,
exercício
e
amamentação
são
compatíveis;
•
interromper
imediatamente
a
prática
esportiva
se
surgirem
sintomas
como
dor
abdominal,
cólicas,
sangramento
vaginal,
tontura,
náusea
ou
vômito,
palpitações
e
distúrbios
visuais;
•
não
existe
nenhum
tipo
específico
de
exercício
que
deva
ser
recomendado
durante
a
gravidez.
A
grávida
que
já
se
exercita
deve
manter
a
prática
da
mesma
atividade
física
que
executava
antes
da
gravidez,
desde
que
os
cuidados
acima
sejam
respeitados.(LIMA,
2005)
Referências
Bibliográficas
- LIMA, F. R., OLIVEIRA, N.: Gravidez e Exercício. Revista Brasileira de Reumatologia. v. 45, n. 3, pag. 188-190, 2005.
- HASS, J. S., JACKSON, R. A., FUENTES, A. E., et al: Changes in the health status of women during and after pregnancy. Gen Intern Med. v. 20, pag.45-51, 2005.
- MATSUDO, V. R., MATSUDO, S. M. M.: A Grávida. Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul. v.1, pag. 59-81, 2000.
- LEITAO, M., BICHELS, A, et al.: Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde na mulher. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, vol.6, n.6, pag. 215-220, 2000.
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