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quarta-feira, 30 de maio de 2012



Como ter uma alimentação saudável na gravidez


Uma alimentação de qualidade é o melhor caminho para que o bebê tenha uma infância e uma vida adulta saudáveis.


A nutrição não adequada do feto pode acelerar o trabalho de parto, pois um “mecanismo de sobrevivência” alerta que o crescimento do feto não está  normal. Bebês bem nutridos no útero nascem com o peso significativamente mais elevado e são mais saudáveis, sendo menos propícios a doenças e se recuperam com mais facilidade de muitos problemas.

As fases da gravidez


Em cada trimestre da gestação há um nutriente fundamental para o bebê. Nos três primeiros meses, a necessidade maior é de ácido fólico e de outras vitaminas do complexo B, dos quais 70% dos nutrientes fornecidos contribuem para o crescimento cerebral e o desenvolvimento neurológico.

No segundo trimestre, deve-se consumir uma maior quantidade de fibras para evitar a constipação da mãe e ferro. No terceiro trimestre, o cálcio e os ácidos graxos poliinsaturados, como o ômega-3 devem ser mais consumidos.


Alimentos que não podem faltar no prato das grávidas
·     Leite e derivados – Ricos em cálcio, estão relacionados com a formação dos ossos e dentes do bebê. Recomenda-se a ingestão de 3 a 4 copos de leite por dia (1000mg).
·      Couve, espinafre e/ou brócolis – Recomenda-se a ingestão de 400mcg de ácido cálcio por dia. Encontrado também em frutas como laranja, morango e banana.
·      Carne e ovos – Fontes ricas em proteínas, fundamentais para a produção das células e dos tecidos novos da mãe e do bebê. Recomenda-se ingerir cerca de 60g/dia.
·      Feijão, castanhas – Ricos em ferro, evitam anemia durante a gestação e complicações no parto. Recomenda-se a ingestão de cerca de 30 mg/dia.
·        Carboidratos – Pães, cereais, arroz, massas, batata são boas fontes.

Para a grávida vegetariana
Uma dieta vegetariana pode ser bem saudável se a gestante conhece os fundamentos da nutrição. É preciso caprichar nas proteínas para assegurar a ingestão dos aminoácidos essenciais. É importante incluir na dieta alimentos lácteos, como leite, queijos, iogurte, e ovos.


Referência Bibliográfica:

terça-feira, 29 de maio de 2012

Coisas de mulher - Ciclo menstrual e a famosa "tabelinha"



Todos os bebês do sexo feminino nascem com até 450 mil óvulos armazenados nos ovários. Após a primeira menstruação, esses óvulos são eliminados um por vez, de mês em mês. Os óvulos são eliminados pelo ovário e logo em seguida são capturados pelas fímbrias da tuba uterina (ou trompa de Falópio), que os transportam para o útero. Se neste percurso, o óvulo expelido for fertilizado por um espermatozoide, se alojará na parede do útero e se multiplicará até formar o bebê! Se, por outro lado, o óvulo não for fertilizado, será eliminado, juntamente com o revestimento da parede do útero. E isto é o que compõem a menstruação e o que chamamos de ciclo menstrual.

O clico menstrual é controlado por hormônios: hormônio liberador de gonadotrofina (GnRh), hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), estrogênio e progesterona.
Todos eles trabalham em conjunto. Produzido por estímulo dado através do GnRh, o hormônio FSH age na maturação do óvulo, preparando-o para ser expelido. Além disso, o FSH estimula a produção de estrogênio, que por sua vez, prepara o útero para alojar o óvulo provavelmente fertilizado, deixando a parede do útero mais espessa para facilitar a adesão da célula.

Além do estrogênio, o FSH estimula a produção de LH, e é ele quem deflagra a ovulação. Neste momento, o óvulo é expelido do ovário. Uma vez liberado, é capturado pela tuba uterina e transportado ao útero.

Com a saída do óvulo, o ovário se transforma em um aglomerado de células chamado corpo lúteo, e então passa a produzir progesterona. A progesterona estimula a parede do útero que se torna ainda mais espessa e de aspecto esponjoso: é o endométrio, que se encontra pronto para receber o óvulo fertilizado. Conforme aumenta a produção de progesterona, os seios ficam mais volumosos e sensíveis, o que é relatado por muitas mulheres em seu período pré-menstrual, e o FSH para de ser produzido, pois já não é mais necessária a maturação do óvulo.

Se o óvulo não for fertilizado, ou se não conseguir se implantar no endométrio, começa a se desintegrar e o corpo lúteo diminui, diminuindo assim a concentração de progesterona e estrogênio. Então, a parede do útero começa a produzir prostraglandina, uma substância que descama o endométrio. Neste momento, o útero começa a se contrair para expulsá-lo – daí a temida cólica menstrual! A menstruação desce, o óvulo é expelido junto com as células do endométrio e um novo ciclo recomeça. 


Mas como saber a data certa para início e fim do ciclo? O método mais utilizado para saber essa resposta é o uso da tabelinha. Ela informa o período fértil da mulher, e nesses dias, a chance da mulher engravidar é muito grande! Fora desse período, a chance é muito menor, mas não nula. Se seu ciclo  for irregular, fique atenta! O cálculo pode não ser exato.


O ciclo menstrual regular apresenta 28 dias aproximadamente. O período fértil se inicia 14 dias após o 1º dia de sangramento. Por exemplo, se sua menstruação começar no dia 01 de setembro, seu período fértil inicia no dia 15 de setembro. Para aquelas que não querem engravidar, é muito mais seguro evitar relações sexuais de três a quatro dias antes e  depois do provável período fértil, ou seja, ainda seguindo nosso exemplo com período fértil iniciado no dia 15, deve-se evitar relações sexuais do dia 10 até o dia 20.






Na tabela abaixo, apresentamos as datas por cores. A cor roxa representa o primeiro dia de menstruação. A cor rosa representa o dia do período fértil. A cor laranja representa os dias que deve-se evitar relações sexuais. A cor cinza representa a data provável da próxima menstruação (para um ciclo de 28 dias). Lembrando que essas datas não são fixas, são rotativas. Cada mulher tem uma data correspondente ao seu ciclo, e cada ciclo tem uma duração diferente, que pode ser 26, 28 ou até mesmo 32 dias.







Seguindo este calendário, no dia 29 ocorrerá a próxima menstruação, portanto, o próximo ciclo menstrual ocorrerá no dia 12 do mês seguinte, e assim sucessivamente. Uma dica importante é o hábito de anotar as datas correspondentes ao seu ciclo em um calendário pequeno e de fácil acesso, para que você se sinta sempre segura.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Amamentação




Amamentação no seio? Vantagens?


A amamentação no seio, além de ser mais prática, natural e nutritiva, especialmente nas primeiras semanas após o parto, é de extrema importância logo após o parto.

O leite materno contém todos os nutrientes que seu bebê precisa nas quantidades certas. Contém também todos os anticorpos e outros fatores de proteção que ajudam a combater infecções. Ele é facilmente digerido e provoca menos problemas digestivos, tais como: diarreia e constipação.

Além disso, ele é mais vantajoso para o bebê, especialmente nas primeiras semanas, porque lhe transmite imunidade. Por meio do leite materno são transmitidos anticorpos da mãe para o bebê.

Algumas mães também ficam na dúvida se, em dias mais quentes, podem ou precisam dar outro líquido, assim como a água, para o bebê. Porém, o leite materno contém água suficiente para o bebê e se estiver amamentando, não precisará dar outros líquidos ao bebê.

O aleitamento materno é essencial nos seis primeiros meses de vida do bebê e dispensa qualquer outro tipo de líquido, tais quais: água ou chá.

Durante a amamentação é necessário que se sinta relaxada, tranquila e confortável para que o bebê não sinta a sua ansiedade e com isso, o leite não flua como deveria e venha a causar incômodo ao bebê.

É de vital importância cuidar bem dos seios na gestação e durante o período de gestação. Se os seios estiverem cheios, tente extrair um pouco de leite antes de começar a amamentar ou colocar compressas frias após amamentar.

A amamentação pode reduzir o risco de câncer de mama para a mulher, acelera também o processo de retorno do útero ao tamanho normal e pode ajudá-la a perder o peso que adquiriu na gravidez.

Quanto mais seu bebê mama, maior a produção de leite – quando o bebê mama, as terminações nervosas dos mamilos e aréola são estimuladas e enviam sinais ao cérebro para que libere dois hormônios: ocitocina e prolactina. A ocitocina faz o leite fluir e a prolactina estimula o alvéolo a produzir mais leite.

O primeiro leite é conhecido como colostro e trata-se de um alimento único e valioso para o bebê, porque contém uma quantidade maior de proteínas, minerais, gorduras e vitaminas de que seu bebê precisa nos primeiros dias de vida. O colostro também é rico em anticorpos, que ajudarão a proteger o bebê de infecções e a construir um forte sistema imunológico. O colostro funciona ainda como laxante, limpando os intestinos do mecônio (as primeiras fezes verde-escuras). Vale a pena alimentar o bebê com o valioso colostro dos primeiros dias, caso não queira amamentá-lo nos seios ou não queira amamentá-lo por muito tempo.


Meu filho (a) ainda mama no seio e vou voltar a trabalhar, o que faço?


Você pode conversar com seu chefe e programar seus horários para sair para amamentar durante sua jornada de trabalho. Ou então, quinze dias antes de voltar a trabalhar, comece a retirar seu leite e armazene no congelador ou freezer para que, quando você não estiver em casa, a pessoa que está cuidando do seu bebê possa alimentá-lo com seu leite, por meio de um copinho, uma xícara ou uma colher. Nunca use mamadeira. Você pode amamentar antes de sair de casa e quando voltar, inclusive durante a noite. A utilização da mamadeira, em casos como este, pode levar ao desmame precoce.


Como cuidar dos seios durante a gestação e amamentação?


O mais indicado é apenas lavar os seios com água para preservar a hidratação natural da pele. Recomenda-se: não esfregar buchas nem toalhas nos mamilos, pois pode favorecer o aparecimento de lesões; evitar usar sabonetes ou cremes no bico do seio; após a amamentação, não lavar os mamilos, pois o resto de leite ajuda como cicatrizante natural para os seios. Além de o próprio leite poder ser usado como hidratante, pode-se também fazer compressas com casca de mamão e banana ou chá de camomila. Mas, lembre-se de não deixar a mamada passar de 40 minutos em cada seio e não deixe o bebê usar o seio como chupeta, pois o mamilo ficará molhado por muito tempo.

Banho de sol também prepara os seios para amamentar, previne rachaduras nos mamilos e ativa vitamina D no organismo. Porém, o horário apropriado para o banho de sol é antes das 10h da manhã e depois das 15h, sempre com a utilização de filtro solar e 15 minutos por dia são suficientes.

É importante também o uso de sutiã de sustentação, durante o dia e à noite desde a gravidez, para evitar flacidez, estrias e mastite, conhecida como empedramento do leite.

São interessantes também as massagens diárias nos seios para facilitar a sucção de leite pelo bebê. Mas como fazê-las? Segure o seio com as duas mãos, uma de cada lado, e faça uma pressa da base até o bico e repita o movimento cinco vezes com cuidado e depois disso, faça o mesmo, porém, com uma mão em cima e outra embaixo do seio.

Em caso de mamilos planos ou invertidos, há uma massagem especial para isso: segure a extremidade do bico com o polegar e o indicador e rode os dedos, como se estivesse aumentando ou diminuindo o volume do rádio.


quarta-feira, 23 de maio de 2012


DIU


O DIU é feito à base de fio de cobre, que destrói os espermatozoides dentro do útero, não permitindo a fecundação. Ele não é apenas um Anticonceptivo de emergência, ele serve também como um método anticoncepcional, pois dura ate 5 anos dentro do útero.  O DIU pode ser destacado pelo benefício da utilização independentemente da atividade sexual, libertando-se das preocupações diárias com a prevenção da gestação, sendo comandado unicamente pela mulher, tornando, portanto, uma opção prática e eficaz. Esses benefícios proporcionam à mulher uma sensação de liberdade e comodidade. Lembrando que o DIU não é recomendado no caso de gravidez confirmada ou em suspeita de gravidez.  Os índices de eficácia do DIU são semelhantes aos das pílulas anticoncepcionais, ou seja, 0,1% de falha. Seus efeitos colaterais mais comuns são o aumento do fluxo menstrual e o aumento das cólicas menstruais. Esses efeitos podem ser controlados com a utilização de medicamentos, sempre sob supervisão médica. Geralmente, após os primeiros três meses de utilização, esses sintomas tendem a se normalizar.  É preciso recordar que uma relação sexual só resulta em gravidez se ela ocorrer no dia da ovulação ou nos cinco dias que a precedem. Este período de fertilidade, de seis dias, varia para cada ciclo e para cada mulher, dada a possibilidade de a ovulação ocorrer tão cedo como no 10° dia do ciclo menstrual, ou tão tardiamente quanto no 23°. Os espermatozoides, por sua vez, precisam esperar entre um e cinco dias no trato genital feminino, até que se produza a ovulação. O DIU interfere na capacitação dos espermatozoides, processo fundamental para a fecundação.  O DIU não oferece qualquer proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Este não é problema exclusivo ou específico do DIU. Todos os demais métodos anticoncepcionais, com exceção dos preservativos masculino e feminino, enfrentam a mesma limitação e também não protegem contra as DST/HIV.  Fazendo um breve resumo podemos, então, dizer que o DIU é um pequeno objeto de plástico, que pode ser recoberto de cobre ou conter hormônio, colocado no interior do útero para evitar a gravidez. O DIU não provoca aborto, porque atua antes da fecundação. O DIU recoberto com cobre age inativando ou matando os espermatozoides. É um método muito eficaz. O modelo de DIU TCu 380 pode durar até dez anos após a sua colocação no útero, mas pode ser retirado a qualquer momento, se a mulher assim desejar ou se tiver algum problema. Podemos visualizar na figura abaixo como fica o DIU no corpo feminino.






Diafragma

É uma cúpula de borracha com bordas firmes, porém flexíveis, que impede a entrada de espermatozoides no útero. Antes da mulher adquirir o diafragma, ela deve procurar um/a profissional de saúde para verificar qual a medida que ela deve usar, assim como receber uma orientação correta sobre a sua forma de uso.  O diafragma pode ser colocado em qualquer momento antes da relação sexual, ou usado o tempo todo, desde que seja retirado pelo menos uma vez ao dia para lavá-lo. Porém, se ocorrer uma relação sexual, deve esperar no mínimo 6 horas para poder retirá-lo do órgão genital feminino. Sua Eficácia depende da maneira como ele é usado. O índice de falha varia entre 6 a 20%, ou seja, a cada 100 (cem) mulheres que usam o diafragma durante o período de um ano, 6 a 20 mulheres podem engravidar. O diafragma não oferece proteção contra as DST/HIV-Aids, mas, pode proteger a mulher de algumas infecções no colo do útero.  Após o diafragma ser retirado ele deve ser lavado com água e sabão neutro (não usar sabonetes), e depois de enxaguado e secado, deve ser guardado em seu estojo, colocado em lugar seco e não exposto ao calor. Se o diafragma for bem cuidado ele pode durar vários anos. O diafragma pode ser usado em todas as fases de vida da mulher, da adolescência à menopausa e também contribui para que a mulher toque seus órgãos genitais e conheça melhor seu corpo. É util porque não atrapalha a relação sexual, pois, em geral, homens e mulheres não sentem sua presença. Não faz mal à saúde e nem interfere no ciclo menstrual. Protege o colo do útero contra eventuais lesões e infecções durante a relação sexual. Ele pode ser utilizado durante a amamentação, pois não interfere no leite. Não é descartável, possui durabilidade entre 2 e 3 anos quando cuidado adequadamente. O diafragma não possui um custo baixo, comparado a outros métodos (custo/durabilidade/eficácia). O diafragma pode ser usado junto com o preservativo masculino, aumentando assim, a proteção.





Resumindo, então, Diafragma é uma capa flexível de borracha ou silicone e é inserido na vagina para cobrir o colo do útero. É uma barreira que é usada para impedir a entrada de espermatozoides. Vejamos na imagem abaixo como se usa o diafragma.































 









 

























Saiba Mais nos sites: www.adolescencia.org.br e www.redece.org

Tipos de Parto.




O parto é um grande momento na vida de uma mulher, e toda mulher deseja que este momento seja especial para ela e para o bebê, sendo assim, as mamães começam a se preparar para o parto durante a gestação, mantendo um acompanhamento pré-natal e planejando o grande momento com sua família, com seu médico, parteira ou obstetriz. Mas não depende apenas dela a escolha por um parto normal ou cesáreo, e sim do posicionamento do bebê, da evolução do trabalho de parto e da avaliação do médico sobre o estado de saúde de ambos. Dentre os diversos tipos de parto, os mais comuns e conhecidos são o parto normal, recomendado pela OMS, e a cesariana, que deve ocorrer apenas em caso de complicações no parto normal. É essencial que a mamãe conheça cada tipo de parto, para que possa planejar seu momento da melhor forma possível, então vamos falar sobre os diversos tipos de parto e suas características.

Parto Normal ou Vaginal

O parto normal é a forma convencional de dar a luz. Divide-se em três etapas até a expulsão da placenta. A primeira etapa começa quando a mulher sente as primeiras contrações e expulsa o tampão mucoso que encobre o colo do útero. As contrações ainda são leves e espaçadas e o colo do útero começa a dilatar-se. Pode ocorrer ou não a saída do liquido da bolsa (liquido amniótico) e recomenda-se que a mulher vá para o hospital e contate seu médico, obstetriz ou parteira na primeira fase do trabalho de parto.  No hospital, a mãe recebe acompanhamento da temperatura, pressão arterial e frequência cardíaca do bebê. Medidas como o enema (lavagem intestinal) e a tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) não são mais procedimentos de rotina. Em alguns casos, é feita a indução — estimulo das contrações com medicamentos (Ocitocina sintética) ou com o rompimento precoce da bolsa, caso não tenha ocorrido naturalmente. A mulher também pode optar por um parto sem dor, com a aplicação da anestesia epidural, que faz com que a mulher não sinta as dores das contrações, mas ainda possua sensibilidade nas pernas e quadris para continuar o trabalho de parto e de expulsão do bebê.

A segunda fase é conhecida como fase ativa, e começa com o esvaicimento do colo do útero, tornando-o macio e mais fino, e com o aumento das contrações que agora são fortes e ocorrem com menor espaço de tempo, impulsionando o bebê para o canal de parto. Quando a mulher está completamente dilatada ela sente muita pressão, e com a descida do bebê no canal de parto ela pode fazer força para que ocorra a expulsão. Algumas vezes pode ser necessário realizar uma pequena incisão, geralmente lateral no períneo, para facilitar a saída do bebê, chamada de episiotomia. Em seguida ao nascimento, o cordão umbilical é clampeado e cortado. O bebê é levado para receber os primeiros cuidados por um médico pediatra e após é colocado junto à sua mãe, podendo ser amamentado imediatamente.
Após o nascimento do bebê, dá-se inicio a terceira e ultima fase do trabalho de parto, que é a expulsão da placenta. As contrações dessa terceira etapa são moderadas e durante a amamentação imediata após o parto, a expulsão da placenta é incentivada e ocorre de forma mais eficaz e rápida.


Parto Natural

Semelhante ao processo do parto normal, o parto natural é uma opção para as mulheres que desejam uma experiência do trabalho de parto sem nenhuma intervenção médica. No parto natural não há indução por medicamentos, episiotomia ou anestesia (epidural) e o ritmo parto é acompanhado pelo médico, obstetriz ou parteira sem a constante utilização de aparelhos como monitor fetal e cardíaco. Este tipo de parto pode ocorrer no hospital, em casa ou em casas de parto e visa a aproximação da mãe, do pai e do bebê. Logo após o parto, o bebê é amamentado e permanece junto da mãe e da família, recebendo os devidos cuidados médicos sem deixar a presença dos pais. Para a realização do parto natural, a mulher pode recorrer a técnicas pré-natais para o controle da dor, relaxamento e respiração, que irão auxilia-la no trabalho de parto e torna-lo mais confortável.

Parto na Água

Este tipo de parto ocorre em uma banheira com água cobrindo a barriga e os genitais da mulher, e a água deve estar na temperatura corpórea (37°). Pode ser realizado com a presença do pai do bebê ou de outro acompanhante, estando em contato com a mulher o tempo todo.

O parto na água começou na França com o obstetra Michel Odent, que utilizava banheiras com água quente para o conforto e alívio da dor das mães. As vantagens desse tipo de parto são muitas: a água ajuda na dilatação do colo do útero, na regulação da pressão arterial, no relaxamento muscular e na flexibilidade do períneo, além de proporcionar o relaxamento da mulher, fazendo com que o trabalho de parto ocorra com maior rapidez em relação ao parto normal. Porém, não se recomenda o parto na água em caso de alguns problemas gestacionais: em caso de mecônio, de sofrimento fetal, HIV ativo, hepatite B, herpes genital ativo e bebês que precisam de monitoramento constante.
Hoje, o parto na água é utilizado no mundo todo e é uma opção frequentemente utilizada pelas mulheres.


Parto de Cócoras

Utilizado em muitas comunidades indígenas no mundo todo, o tradicional parto de cócoras oferece as mesmas vantagens de um parto normal e pode ser realizado com um acompanhante que auxilia a mulher durante todo o parto, como no parto na água. Neste tipo de parto, o bebê deve estar em posição cefálica (com a cabeça para baixo) para que a mulher permaneça na posição vertical, utilizando-se de apoios, e então expulsar o bebê de forma natural e proporcionando maior eficiência no parto. A maior vantagem do parto de cócoras é a facilidade na expulsão do bebê pelo auxilio da gravidade e a posição da pélvis, ao contrário do parto horizontal, no qual a mulher deve utilizar-se de muito mais força para a expulsão do bebê. Outras vantagens deste tipo de parto são: menor compressão de muitos vasos sanguíneos, causando menor incidência de sofrimento fetal, aumento da área da pélvis e a maior integridade do períneo, evitando o comprometimento do mesmo.
No Brasil, o Dr. Moysés Paciornik e seu filho, Dr. Cláudio Paciornik, fizeram pesquisas em comunidades indígenas do Paraná sobre o parto de cócoras. Convencidos de suas inúmeras vantagens criaram uma cadeira para ser usada em hospitais que permite várias posições para a mãe, sem comprometer o conforto do médico. Apesar da prática e eficiente invenção, alguns hospitais alegam não ter essas cadeiras à disposição, e por isso, não recorrem a esse tipo de parto.

Parto Leboyer

O parto Leboyer foi criado pelo médico francês Frédérik Leboyer. Este tipo de parto prioriza o bem estar e conforto do bebê e caracteriza-se por diversos benefícios ao recém nascido: a ausência de procedimentos como a ausência da ‘palmada’ nas costas do bebê, para que ele abra os pulmões, e o estímulo respiratório é realizado com massagens e de forma suave; O parto é realizado com pouca luz e em silêncio após o nascimento para não incomodar o bebê; O cordão umbilical é cortado após parar a pulsação; O pai envolve-se no primeiro banho do recém nascido, que é realizado próximo a mãe e após estes procedimentos, realiza-se a amamentação e o bebê permanece no colo materno,em contato com a mãe. É apontado por muitos psicanalistas como forma de reduzir o trauma do nascimento.
Esta técnica foi introduzida no Brasil em 1974, pelas mãos do obstetra Dr. Cláudio Basbaum e divulgada sob o nome de “Nascer Sorrindo”. Através do Dr. Claudio Basbaum, foi introduzida a presença do pai na sala de parto e no pós-parto, mesmo em casos de cesariana.
O parto Leboyer não é muito realizado nos dias de hoje, por focar apenas no bebê e não priorizar a mulher no parto. A mulher geralmente realizava o parto deitada, sem priorização de seu conforto e a utilização da episiotomia era frequente.

Parto Cesárea (Cesariana)

O parto cesáreo é recomendado em casos de emergência, quando o bebê está em sofrimento fetal ou em posição invertida, ou quando o trabalho de parto não progride mesmo com intervenções e induções. Também é recomendado o uso do parto cesáreo em casos de algumas patologias, como: herpes genital, HIV ativo, pré-eclampsia, hipertensão materna ou diabetes gestacional.
A partir do momento em que é necessária uma cesariana, a parturiente passa a ser considerada uma paciente cirúrgica, e medidas adequadas a uma cirurgia são tomadas, pois os riscos são maiores.

 A mulher é anestesiada com a raquidiana ou peridural, responsáveis por anestesiar o abdômen e as pernas, mas, em condições excepcionais, pode ser necessária a anestesia geral. É colocada uma tela na região do tórax, e a mulher não acompanha o parto. É realizada então a assepsia e o médico inicia a cirurgia com uma incisão de 10 cm, feita por planos até o útero (Sete camadas de pele), localizada acima dos pelos púbicos. O bebê e a placenta são retirados e o médico examina a área, procurando algum sangramento ou complicação, e então o corte é fechado com pontos, plano por plano. Após 20 – 30 minutos, a mulher segue para a sala de observação, e posteriormente para o quarto, onde lhe é entregue seu bebê.
A recuperação deste tipo de parto, por se tratar de uma cirurgia, é mais demorada e dolorida e possui maiores riscos de infecção. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Células-tronco do Cordão Umbilical


Células-tronco do Cordão Umbilical

Olá! Hoje vamos falar de um assunto pouco abordado e que levanta muitas curiosidades e opiniões distintas.
Muitas gestantes se deparam com esta dúvida, devo armazenar ou não o sangue do cordão umbilical do meu bebê? E a resposta, em minha opinião, deve ser sim. Porém vivemos em um país onde não há condições de armazenagem em bancos públicos, logo nos deparamos com bancos de armazenamento particulares, ainda restritos a poucas capitais e que possuem um custo elevado. Porém quando paramos pra pensar em custo, nos deparamos com uma incógnita... Afinal, quanto vale uma vida, a vida de um filho? Complicado... Enfim, não há preço que pague a recuperação de um filho com um material que coletei, paguei e que pretendia, é claro, nunca utilizar.

Assunto complicado, né? Afinal, todos nós concordamos que a vida de um filho não tem preço, mas para muitos o suposto "preço" está fora de cogitação, cerca de R$5.000,00 pela coleta e uma taxa anual vitalícia de cerca de R$500,00. Os bancos privados têm investido em várias facilidades e até dividem em várias prestações. Para quem tem condições, sem dúvida vale a pena se programar, economizar no enxoval, etc. E sem dúvida, torcer para que tão logo o nosso Banco de armazenamento do governo funcione direitinho.

Vamos saber do que se trata direitinho:

O que são células-tronco?
As células-tronco são células muito especiais. Elas surgem no ser humano, ainda na fase embrionária, previamente ao nascimento. Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si uma pequena porção de células-tronco, que são responsáveis pela renovação constante desse órgão específico. Essas células têm duas características distintas:
1- elas conseguem se reproduzir, duplicando-se, gerando duas células com iguais características;
2– conseguem diferenciar-se, ou seja, transformar-se em diversas outras células de seus respectivos tecidos e órgãos.
Um exemplo é a célula-tronco hematopoiética, que no adulto se localiza na medula óssea vermelha. Na medula óssea, ela é responsável pela geração de todo o sangue.
Essa é célula que efetivamente substituímos quando realizamos um transplante de medula óssea.

Onde podemos encontrar as células-tronco?
Além da célula-tronco hematopoiética, pesquisas recentes têm demonstrado a presença de células-tronco específicas, presentes em tecidos como, fígado, tecido adiposo, sistema nervoso central, pele etc. A utilização para fins terapêuticos dessas células também tem sido alvo de vários estudos.

O que é o sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) e por que ele é tão especial?
Durante a gravidez, o oxigênio e nutrientes essenciais passam do sangue materno para o bebê através da placenta e do cordão umbilical. O sangue que circula no cordão umbilical é o mesmo do recém-nascido. Quando pesquisadores identificaram no cordão umbilical um grande número de células-tronco hematopoiéticas, que são células fundamentais no transplante de medula óssea, este sangue adquiriu importância, pela doação voluntária, para pessoas que necessitem do transplante.

O sangue do cordão umbilical é utilizado para que tipo de tratamento?
O sangue do cordão é uma das fontes de células-tronco para o transplante de medula óssea e este é o único uso deste material atualmente. O transplante é indicado para pacientes com leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune.

As células-tronco do SCUP são células-tronco embrionárias?
Não, as células-tronco do SCUP são células-tronco com características adultas, porém, mais imaturas e ainda pouco estimuladas.

Como é feita a coleta de SCUP?
Após o nascimento, o cordão umbilical é pinçado (lacrado com uma pinça) e separado do bebê, cortando a ligação entre o bebê e a placenta. A quantidade de sangue (cerca de 70 - 100 ml) que permanece no cordão e na placenta é drenada para uma bolsa de coleta. Em seguida, já no laboratório de processamento, as células-tronco são separadas e preparadas para o congelamento. Estas células podem permanecer armazenadas (congeladas) por vários anos num Banco de Sangue de Cordão Umbilical e disponíveis para serem transplantadas.

Quais são as vantagens do SCUP?
A principal vantagem é que as células do cordão estão imediatamente disponíveis. Não há necessidade de localizar o doador e submetê-lo à retirada da medula óssea. Com o uso do cordão umbilical é permitido algum nível de não compatibilidade, ao contrário do transplante com doador de medula óssea, que exige compatibilidade total.

O que é Brasilcord?
É uma rede que reúne os Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical. Hoje, estão em funcionamento as unidades do INCA no Rio de Janeiro, do Hospital Albert Einstein, do Hospital Sírio Libanês e dos hemocentros da Unicamp e de Ribeirão Preto. No restante do Brasil estão funcionando as unidades de Brasília, Florianópolis, Fortaleza e Belém. A instalação de bancos em todas as regiões do país é importante para contemplar a diversidade genética da população brasileira. O INCA é responsável pela coordenação da Rede.

Como é feita a doação do sangue do cordão para um Banco Público?
A doação é realizada em maternidades credenciadas do programa da Rede BrasilCord, que reúne os bancos públicos de sangue de cordão. Existem alguns controles no momento da coleta do sangue do cordão, necessários para um bom aproveitamento das unidades. Portanto, não se trata de uma doação universal como ocorre com sangue e que pode ser feita em qualquer pessoa, sendo limitada aos hospitais que fazem parte do programa.

Quanto tempo o sangue do cordão pode ficar congelado?
O tempo é indefinido, existem bolsas de sangue de cordão congeladas há mais de 20 anos.

Qualquer gestante está apta a doar?
Não, a gestante tem que atender a critérios específicos. Dentre eles, deve ter mais de 18 anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico, câncer e/ou doenças hematológicas.

Existem desvantagens?
Existem sim, mas não para a doadora. A maior desvantagem é a dose de utilização, uma vez que a doação ocorre em uma única coleta e o volume é restrito, o número de células-tronco pode ser limitado. Assim, existe um limite de peso para o paciente, em função da quantidade de células-tronco retiradas do sangue do cordão. Os pacientes precisam ter entre 50kg e 60kg. No entanto, hoje se utiliza uma técnica de adicionar dois cordões para um mesmo paciente, o que proporciona o uso em adultos com maior peso.

Existe algum risco para a mãe ou para o bebê?
Não existe risco nenhum. Lembre-se que tanto a placenta, quanto o sangue que fica armazenado nela, tem sido tratados, até então, como lixo. Obviamente, as equipes de coleta atuam somente com o consentimento do profissional, garantindo que nada interfira no parto.

Caso o filho(a) da gestante que doou seu SCUP necessitar de um transplante de células-tronco, ele(a) terá prioridade?
Não. A doação, por todos os fatores citados, não significa que o material foi preservado, pois terá que atender critérios de qualidade estipulados pela lei. Uma vez que o SCUP esteja preservado e disponível para uso, caso não tenha sido utilizado por outro paciente, o mesmo será selecionado para o doador.
  
Quais as principais diferenças entre os bancos públicos e privados?
São serviços diferentes. O banco público disponibiliza as unidades imediatamente para quaisquer pacientes brasileiros que precisem de transplante de medula óssea e não tenham um doador familiar. A coleta é realizada com controles de qualidade e segurança e as unidades são utilizadas para indicações precisas, sem ônus para o paciente que irá se beneficiar. É a única modalidade recomendada pelos organismos internacionais e por publicações cientificas. O banco privado tem legislação especifica, de cunho comercial, com ônus para as famílias que deseja armazenar o sangue. Além disso, as indicações e aproveitamento do material são duvidosos, já que não existem publicações extensas sobre os resultados obtidos com uso de cordões armazenados em bancos privados. Armazenar o sangue do cordão em um banco privado é uma aposta num futuro que a ciência ainda não comprovou.

De outubro de 2004 a fevereiro de 2011 foram:
7.338
Unidades coletadas
4.912
Unidades congeladas
3.206
Unidades liberadas para REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea)
85
Unidades enviadas para transplante
72
Unidades transplantadas

Para maiores informações:

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fórceps






O que é um fórceps?

Parto a fórceps é um procedimento realizado apenas nos últimos momentos do parto, para poupar ambos, mãe e filho. O parto a fórceps acontece via vaginal e, atualmente, é um recurso utilizado apenas em casos de emergência ou de sofrimento fetal. O fórceps é um instrumento que funciona como uma pinça especial, com as extremidades em forma de colher, que é inserida na vagina para apreender, orientar e tracionar de forma adequada a cabeça do bebê, auxiliando sua saída do útero através do canal de parto.
Diferente do que se pensava que o uso de fórceps era sinônimo de trauma e sofrimento, acabou-se. Hoje, esse instrumento cirúrgico tem um papel inverso, aliviando o trabalho do parto e poupando desgastes da mãe e do bebê. E, apesar de não existir uma lei que proíba o uso do fórceps no Brasil, fica a critério dos médicos usá-lo corretamente e também apenas em casos de emergência ou dificuldades no trabalho de parto.

Ao contrário da versão atual, que só traz benefícios, quem metia medo era a antiga, onde o instrumento chamado como "Fórceps alto", era introduzido às escuras na vagina e buscava-se o bebê no útero, provocando sérias lesões, que muitas vezes deixavam graves sequelas, tanto no bebê como na mãe, o uso desse aparelho quando introduzido com muita pressão  sobre a pele pode deixar contusões ou arranhões, ou mesmo pode danificar o tecido adiposo da mãe, parte da cabeça ou face do bebê pode sofrer problemas também, as contusões e arranhões que pode acontecer na mãe quando usado esse aparelho, são observados no 1º ou 2º dia e desaparecerão em uma ou duas semanas.


Relato do parto com Fórceps: Escrito para o Baby Center Brasil.


Quando a ginecologista fez o toque pela manhã, eu estava com dois centímetros de dilatação e ela disse que iria fazer um toque mais "profundo" para ver se ajudava um pouquinho... E ajudou! 
Passei a tarde toda com cólicas e a noite comecei a sentir contrações regulares. Fiquei esperando mais um pouco e lá por volta das 23h estava com contrações de cinco em cinco minutos. Liguei para a médica e ela me mandou ir pra maternidade. Meu Deus, pensei, chegou a hora... Cheguei lá e após o exame, para minha surpresa, estava apenas com três centímetros. Pensei: poxa, a tarde toda pra dilatar só um centímetro? Já comecei pedir a Deus que me ajudasse... 
 Fui internada à meia-noite. Já queriam colocar um soro com indutor, mas eu não deixei, pois dói demais e não queria, sofri muito nos outros partos por conta disso. Falei para a enfermeira que não tinha pressa... Deixa-a vir a hora que quiser. Meu marido concordou comigo e ficou o tempo todo ao meu lado. Passei a madrugada todinha com contrações (suportáveis), não conseguia dormir, de dor um pouco, de ansiedade, de nervoso... A cada contração eu fazia força "lá embaixo" para ajudar e pedia a Deus que nos ajudasse, conversava com ela: venha filhinha, venha conhecer o mundo! 
Às 8h minha ginecologista chegou, fez o toque e... Quatro centímetros! Meu Deus??!?! Só isso?!?!?!. Comecei há ficar um pouco tensa, não queria cesárea e minha médica também não. Ela disse que iria colocar um remédio no colo do útero que iria ajudar na dilatação, pois contrações eu tinha, mas dilatação, não. Remédio colocado (lá pelas 10h), teríamos que aguardar mais duas para que fizesse efeito. Minha agonia ia aumentando e mentalmente só pedia a Deus que me ajudasse e cuidasse de minha pequena. 
Meio-dia, novo exame e... Cinco centímetros! Nossa última alternativa vai ser o rompimento da bolsa..., disse a médica. Primeiro ela liberou meu almoço, pois iria precisar de muita (mas muita mesmo!) energia. Às 14h15min, ela rompeu minha bolsa e aí, aquelas dores que antes eram suportáveis tornaram-se insuportáveis. Agarrava o travesseiro a cada contração e rezava para que o anestesista (esposo da minha médica) chegasse logo... Ele apareceu às 14h30 e já fui levada para o centro obstétrico. Agora sim estava com dilatação total (10 centímetros). Era uma mistura de dor com ansiedade, nervosismo e esperança de conseguir que tudo desse certo... 
 Às 14h45min estava anestesiada. Agora conseguia pensar com mais clareza. E demos início à expulsão. Era prender o ar e empurrar, força, força, força. Isso se repetia a cada contração. Só que com a anestesia não sentia se estava fazendo força, eu perguntava "Estou fazendo certo?" e a médica respondia "Sim, mas preciso de MAIS força". Em um determinado momento, após muitas tentativas, o ar já estava me faltando. Foi-me colocado o oxigênio para ajudar, mas as minhas forças estavam acabando também... 
 A médica pediu para eu fazer muita, mas muita força dessa vez, "estamos quase lá, ou precisarei ajudá-la". Como assim me ajudar? "Com o fórceps", explicou. Naquele momento, por alguns segundos, me senti a maior incompetente do mundo, mas pedi a Deus ajuda e fiz força, a força que veio não sei de onde, porque eu estava exausta, senti uma pressão, como se fosse uma bola saindo de mim e de repente, uma música... Uma música que a tempos esperava ouvir e naquele momento, chorei, chorei muito e minha filha também chorava e essa música me deu o alívio que precisava. Isso aconteceu às 15h18min. 
 Trouxeram minha pequena e a beijei e a admirei, não consegui dizer nada naquele momento, apenas chorava muito e as enfermeiras diziam "É, mamãe guerreira!". 
Depois do parto, a médica me contou que ela estava com uma volta de cordão no pescoço e isso dificultou (mas não impediu) o parto normal, e a anestesia atrapalhou um pouco. Eu a agradeci muito por no momento difícil da decisão do que fazer, ela insistir e acreditar em mim e não partir para uma cesárea que seria bem mais fácil. Alice nasceu linda, com 3,563 kg e 50 centímetros! É perfeita e o fórceps não causou nenhum dano a ela.
 - Por Priscila Pereira.