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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dicas de amamentação para mães de primeira viagem.

O bebê chegou! E agora?

Dicas para amamentação

 

                Os primeiros dias que sucedem a chegada de um bebê costumam assustar alguns pais devido às situações que causam um sentimento de despreparo. De começo, qualquer tarefa pode parecer muito difícil, como dar banho, trocar uma fralda, segurar ou fazer o bebê adormecer. No entanto, rapidamente os pais se tornam hábeis e mais seguros.
                 Aconselhamos os pais a pedirem apoio de amigos, familiares e agentes de saúde para evitar e solucionar qualquer tipo de problema referente ao bebê. Nesse post pretendemos esclarecer e orientar os pais a respeito da alimentação do recém nascido.
                Aconselha –se seguir os seguintes passos:
  •  Estar confiante de que é capaz de amamentar o seu filho: A amamentação traz inúmeros benefícios ao bebê, e o corpo da mulher está preparado para cumprir essa função. Não dê água ao bebê! O leite materno é tudo o que ele precisa, já que a sua composição se adapta às suas necessidades. A subida do leite acontece, na maioria das mães, por volta das 48 horas, mas pode acontecer alguns dias mais tarde. Este atraso na subida do leite pode dar-lhe a noção de que não tem leite e a tentação de recorrer a leites artificiais. Evite os biberões (mamadeiras) e procure dar de mamar frequentemente. 
  • Amamentar a pedido, frequentemente, sem horários, sem limitações de tempo (pelo menos 8-10 vezes/dia): Procure ter poucas visitas e descansar adequadamente. Aceite que para isso algumas tarefas não sejam realizadas. Uma boa estratégia consiste em dormir sempre que o bebê o faça, porque para ele não existe diferença entre dia e noite e vai querer mamar a qualquer hora. Procure colocar o berço ao seu lado no quarto, de forma a conseguir confortar e tratar do bebê sem ter que se deslocar.
  • Ser capaz de posicionar o bebê e ajudar a fazer a pega: Se o bebê estiver corretamente posicionado e fizer uma boa pega, não irá haver dor ou traumatismo do mamilo. Contudo, nos primeiros dias é normal haver uma sensibilidade aumentada e talvez até alguma dor que desaparecerá com o decorrer dos dias. Fique em uma posição confortável e relaxada. O bebê deve estar com roupas adequadas, de preferência com braços e pernas livres, com corpo voltado para mãe e cabeça alinhada com o corpo. As mamas devem estar expostas e você deve segurar a mama em forma de “C” (dedo polegar na parte superior e os outros 4 dedos na inferior), com cuidado para deixar a aréola livre e para não fazer forma de tesoura. Estimule o bebê a pegar o seio tocando o mamilo nos cantos do seu lábio inferior, ele por reflexo abre a boca e abaixa a língua, ao pegar a aréola ele acaba sugando reflexamente. Para verificar a boa pega, observar se a aréola foi em grande parte ou, quase toda, abocanhada (Não deixar o bebê pegar só o mamilo, pois machuca), se o queixo do bebê está tocando o seio, se ele mantem a boca aberta, com o lábio inferior voltado para fora. E por fim se a aréola está mais visível acima da boca do que abaixo.


Como saber se o bebê está a extrair leite de forma eficaz?
Poderá ver a mandíbula do bebê para cima e para baixo e ouvirá ruídos de deglutição do leite. O bebê mama de forma rítmica, sendo normal fazer algumas pausas e durante a mamada o ritmo vai diminuindo. Quando acabar de mamar, normalmente, deixa a mama espontaneamente.

De que maneira sei se o leite é suficiente para o bebê?
O bebê parecerá contente e satisfeito após a maior parte das mamadas. Após os primeiros dias de vida fará xixi pelo menos 6 vezes por dia e fará pelo menos duas defecções de fezes amareladas. Não se esqueça que, mesmo se estiver muito motivada, não deve a todo o custo tentar amamentar se o processo estiver correndo mal. Procure ajuda. Ter ajuda não significa incapacidade ou incompetência. É normal, muitas das mulheres necessitam de ajuda nesta fase.

Mais informações:


quarta-feira, 25 de abril de 2012


                            Nutrir-se bem para uma amamentação saudável


Hoje vamos falar um pouco sobre a importância da amamentação, e dar dicas de alimentação para as mamães lactantes!

Acho que todos nós ouvimos falar que o  leite materno é o melhor alimento para o recém-nascido, não é mesmo? Pois é verdade! Além de proporcionar nutrientes da forma mais fácil para digerir e absorver, ele contém todas as proteínas, açúcar, gordura, vitaminas e água que o bebê necessita, e também glóbulos brancos e anticorpos, que só existem no leite da mãe, e que o protege de certas infecções e doenças.

Mas além de tudo isso, o ato de amamentar fortalece o vínculo afetivo que também é um fator importantíssimo para o desenvolvimento da relação do filho ou da filha com a mãe. Ao amamentar, a mulher se aproxima do bebê, dando-lhe segurança, calor e afeto, elementos muito importantes para seu desenvolvimento psíquico, e que vai interferir inclusive na forma como aquela criança vai se relacionar com as outras pessoas posteriormente.

É verdade que nos primeiros meses de vida, a criança tende a chorar bastante, e isso gera muitas dúvidas nas mães e pais, principalmente naqueles de primeira viagem.

Um dos grandes problemas da mãe que amamenta é essa preocupação quando a criança chora, e muitas vezes conclui: “Meu leite não está alimentando devidamente”. Atribuir o choro do bebê à insuficiência do leite materno  às vezes pode ser um engano, há outros fatores como por exemplo o calor, frio, fome ou um simples  “está na hora de trocar as fraldas” que pode ser expresso pela criança através do choro. Porém, no período em que estiver amamentando, é muito importante que a mãe se atente para a sua própria alimentação, porque dependendo dos alimentos que ela ingerir, pode afetar sim, na saúde de seu bebê.

O que evitar?

A ingestão da cafeína pela mãe faz com que o leite materno tenha quantidades dessa substância, que pode provocar falta de sono no bebê e deixá-lo irritado. Desta forma, deve-se evitar café, refrigerantes, chocolate (cacau) e alguns tipos de chás como o chá verde e o mate.

As bebidas alcoólicas podem comprometer a produção de leite materno e, além disso, o álcool passa através do leite para o bebê. Nossa orientação é excluir todas as bebidas alcoólicas até o final da lactação.

O fumo também contém substâncias que são transmitidas através do aleitamento para o bebê, e pode prejudicar seriamente sua saúde.

Outra coisa é que durante a amamentação, muitas mulheres reclamam do desconforto causado por gases. Por isso, nesse período, a recomendação é evitar alimentos ricos em enxofre, pois eles estimulam a produção de gases. Evite feijões, brócolis, couve-flor, couve-manteiga, rabanete, e repolho.

O leite e seus derivados também são alimentos que se deve prestar muita atenção, pois eles podem causar reações alérgicas no bebê, principalmente se na família já houver algum histórico de alergia à laticínios. E para saber disso, é necessário prestar atenção nas reações da criança, e os sintomas que ela pode apresentar caso tenha algum tipo de alergia, vão desde diarreia, irritações de pele, desconforto e gases, à coriza (nariz a escorrer), tosse, congestão nasal.

Alimentos que estimulam a lactação:

Aqui vão algumas dicas de alimentos saudáveis e bons para as lactantes!

Cereais
• Arroz integral, aveia, canjica, castanhas, milho e derivados, nozes e trigo integral.

Hortaliças
• Beterraba, cenoura e espinafre.

Frutas
• Amendoim, banana, coco, figo, maçã, mamão, jaca, pêra e uva.

Plantas
Beldroega • Usá-la na alimentação na forma de saladas cruas, ou refogada.
Erva-doce (Funcho) • Chá das sementes (20 g para 1 litro de água). Tomar 4 a 5 xícaras ao dia.
Hortelã • Chá das folhas (20 g para 1 litro de água). Tomar 4 a 5 xícaras ao dia.


Bom, por enquanto é isso!

Para uma boa amamentação é necessário uma boa alimentação, então, priorize sempre os alimentos frescos, e em sua forma mais natural possível!





Cuidados com o idoso: prevenção de quedas.
O risco do hematoma subdural


Ter um idoso em casa requer alguns cuidados e adaptações para que essa pessoa não seja surpreendida por uma queda. A ideia é de surpresa mesmo, porque a existência de um tapete no chão, de um piso mais liso, ou de objetos espalhados pela casa de forma inadequada pode levar o idoso à uma queda. Um queda pode não machucar visivelmente o idoso, mas essa pessoa possui características físicas, fisiológicas e funcionais, singulares e isso requer uma atenção maior da família e/ou cuidador.

Apresentaremos um caso específico de um senhor de oitenta anos de idade para mostrar todo o sofrimento de uma pessoa, e de uma família, gerado por uma queda que resultou num problema trinta dias depois do ocorrido. E tentaremos explicar o que é um Hematoma Subdural, pois os sintomas levam muitos a acreditar que o idoso teve um “Derrame”. Esse Hematoma pode ser originado de uma queda sem haver traumatismo craniano direto, ou seja, a pessoa pode não ter batido a cabeça.

Relato em primeira pessoa por Kátia dos Anjos sobre seu avô

No dia doze de julho de 2011 meu avô, Canuto Martins dos Anjos, passou mal, minha avó relata que ele durante a noite ficou inquieto, com a fala desordenada, confuso, também começou a ficar com o lado direito do corpo dormente e caiu da cama. No dia seguinte, treze de julho, meu tio ligou para meu pai para contar o que havia acontecido. Ele ligou e falou com meu pai chorando.

Meus avós moram no oeste da Bahia, num local chamado lagoa do Rufino pertencente ao município de Serra Dourada, uma cidade rural. Eles moram na “roça”, longe de qualquer “luxo” e tecnologia avançada, lá minimamente há energia elétrica que foi colocada não faz muito tempo (por volta do ano de 2000) e algumas pessoas já possuem telefone. A vida é simples, as pessoas dormem cedo e acordam antes do sol raiar.

O meio de transporte mais comum ainda é a bicicleta, sempre que eles precisam ir à cidade usam a bicicleta para chegar a um determinado local chamado Campina Larga, e depois pegam um ônibus. São mais ou menos 5 ou 6 quilômetros andando da casa dos meus avós até esse local e depois mais uma hora e meia para chegar a cidade mais próxima.

Essa breve descrição de onde eles vivem serve para eu explicar como meu avô ficou com esse problema, o hematoma subdural. Num belo dia meu avô pega sua bicicleta para ir fazer o percurso até o ponto do ônibus, minha avó também foi, mas na garupa da bicicleta do meu tio, eles saíram de madrugada com o céu escuro, nesse dia eles iam fazer compras e meu avô levava em suas mãos um pacote. Meu tio estava na frente do meu avô, mas logo ele resolveu ultrapassá-lo e foi pela contramão, nesse momento outra pessoa também de bicicleta estava se aproximando com uma velocidade maior que a do meu avô; e infelizmente, houve um choque entre eles e meu avó, mais frágil, caiu.

Nessa queda ele afirma que não bateu a cabeça, que somente caiu e teve que apoiar o braço esquerdo e a perna esquerda no chão, mas pelo relato de minha avó a queda até entortou a bicicleta, ou seja, o impacto foi forte. Mesmo ele afirmando que não bateu a cabeça, suspeitamos que isso, a batida da cabeça, tenha acontecido, porque ele ficou com um hematoma logo a baixo do olho esquerdo. Isso ocorreu no mês de maio de 2011, mas só em julho ele ficou realmente ruim.

No dia seguinte, após ter passado mal durante a noite, ele foi levado até Serra Dourada-BA para ser examinado no hospital municipal, chegando lá o médico, por dedução, disse que meu avô teve um derrame e que o caso dele não teria solução, em seguida prescreveu fisioterapia. Nesse hospital não há recursos materiais para o atendimento da população e suponho que o médico que o atendeu seja uma generalista, um clínico geral.

Não contente com a avaliação do médico minha avó logo pensou em chamar meu pai, pois aqui em São Paulo poderia ser mais fácil de tratar meu avô e saber realmente qual o problema que ele tinha. Meu pai foi para a Bahia imediatamente e trouxe meus avós de carro para São Paulo. Chegaram aqui no dia vinte e dois de julho de madrugada, e assim que amanheceu foram para a OSS (Organização Social de Saúde) Hospital Geral Santa Marcelina de Itaquaquecetuba, lá meu pai ficou o dia inteiro com meu avô, fizeram vários exames nele, de sangue e tomografia computadorizada (lá na Bahia o exame de sangue foi marcado, mas com um intervalo de trinta dias), além de ser medicado.

O médico ao ver o exame de tomografia já avisou que ele seria internado e faria a cirurgia naquela noite, pois havia sido diagnosticado um coágulo no cérebro, mas antes disso o médico deu uma bronca nos meus pais pela demora no atendimento do meu avô, eles (os médicos) não sabiam que meu avô tinha passado em um médico na Bahia.

Dia vinte e dois de julho de 2011 foi feita a primeira cirurgia para drenar o hematoma, no dia trinta foi colocado um dreno para retirar mais liquido, pois havia acumulado novamente, no dia quatro de agosto, após a retirada do dreno, mesmo não estando bem ainda, ele recebeu alta. Em casa meu avô não estava melhorando e apresentava muita sonolência e confusão mental além de dores. Dia sete de agosto meu pai decide levar meu avô ao hospital, isso antes do retorno prescrito pelo médico, ele ligou para o serviço de emergência, SAMU, e logo eles chegaram a nossa casa, dois homens um motorista e um socorrista, porém ao saber que meu avô precisaria ser carregado até a ambulância o socorrista, um homem jovem, disse que não poderia pegar peso, pois havia sofrido um infarto fazia pouco tempo, sendo assim meu pai e o Leandro (meu namorado) colocaram meu avô na cadeira de rodas e o socorrista só empurrou a cadeira.

Nesse retorno foi constatado que meu avô estava com uma infecção, empiema subdural (uma coleção de pus entre o cérebro e o tecido que o envolve - as meninges-), assim sendo ele teve que ser submetido a outro procedimento cirúrgico. No dia nove de agosto os médicos fizeram uma abertura maior do lado esquerdo da cabeça, realmente abriram a cabeça (craniotomia) e fizeram uma limpeza, esse osso ficou solto, o médico disse que com o tempo ele calcificaria. Além disso, meu avô teve que tomar antibiótico por mais ou menos quarenta dias, um dos medicamentos foi a vancomicina. Durante o uso da vancomicina meu avô foi melhorando, retomando a consciência, mas às vezes tinha crises de broncoespasmo (tossia sem parar, quase perdendo o fôlego). O hemicorpo direito apresentava paresia, o membro inferior apresentava sensibilidade e pouco movimento e o membro superior só apresentava sensibilidade e não movimentava, os médicos disseram que meu avô poderia ficar com sequelas, mas observamos que no fim do uso dos antibióticos o membro superior começou a apresentar uma leve movimentação o que alegrou meu avô.

Prestes a receber alta, meu pai observou que havia uma pequena parte da cabeça do meu avô onde não ocorreu epitelização (um pedacinho de osso ficou exposto), o médico prescreveu um pomada, mas que não surtiu efeito. Sendo assim, ele novamente foi submetido a outro procedimento cirúrgico e tiverem que retirar o tecido ósseo que havia ficado solto, pois ele não calcificou, estava necrosado. Dia vinte e nove de setembro o tecido foi retirado.

No dia cinco de outubro ele teve alta hospitalar e observamos dia após dia seu progresso, sua recuperação; ele teve outra crise de broncoespasmo, mas nada que nos conduzisse às pressas para o hospital. O nosso maior problema atualmente está no aspecto psicológico, emocional, pois meu avô muitas vezes chora e sente-se um “peso” para a família, além de preocupar-se com sua vida e suas coisas na roça, na Bahia. Parece que o trabalho dá sentido a sua vida, ou melhor, fica evidente como isso é importante para ele, e o fato de estar frágil, hemiparético, o faz sentir-se um nada, alguém que não tem domínio do seu próprio corpo, que não pode tomar suas próprias decisões.

No dia vinte e seis de outubro ele retornou para o hospital para retirar os pontos e o médico fez uma avaliação. Ele estava bem. 

Dia cinco de novembro ele deu seus primeiros passos sozinhos com o auxílio de uma bengala e com meu pai do lado, mas sem exercer influência na condução. Foram poucos passos, não muito eficientes, mas que deixou todos da família felizes, isso é só o começo.
Dia vinte e oito de dezembro de 2011 ele retornou ao médico. 
Estamos em abril de 2012 e ele está se recuperando, ainda não consegue andar sozinho...
O Hematoma Subdural
Os hematomas subdurais afetam a convexidade cerebral sendo que a origem mais comum dos hematomas subdurais é a ruptura de veias tributárias do seio sagital superior. São calibrosas, de paredes delgadas e podem romper-se por acelerações ou freadas bruscas no plano sagital, em que sofrem estiramentos.
A velocidade de formação do hematoma é variável de horas a dias. Inicialmente o sangue se coagula. Os hematomas subdurais agudos podem causar hipertensão intracraniana elevada e hérnias1. A abordagem deste hematoma é feita através de craniotomia ampla que permita a sua total aspiração e uma eventual descompressão da contusão e do inchaço (NITRINI, 2008).
Hematoma Subdural Crônico

O Hematoma Subdural Crônico (HSDC) é caracterizado essencialmente como uma patologia em que há uma reunião, ou aglutinamento sanguíneo com variação de degeneração, encapsulada ( um coágulo), de evolução crônica (de acordo com algumas classificações com mais de vinte dias a partir do ocorrido), localizada entre a dura-máter e aracnóide - essas são as membranas que revestem nosso cérebro, as meninges -  (DANTAS et al, 2005).

De acordo com o autor supracitado a etiopatogenia do HSDC é decorrente de vários fatores de risco, mas focaremos em apenas dois , pois vão de encontro com nosso caso, são eles:
  • A idade, pois de acordo com o autor a uma concordância entre teóricos de que há um prevalência de HSDC entre idosos, principalmente no caso de trauma leve, atrofia cortical generalizada e fragilidade venosa, aspectos encontrados principalmente em idosos2;

  • Quedas, o autor descreve estatisticamente que cerca de 50% dos pacientes relatam quedas, porém sem trauma crânio encefálico direto. Assim supõe-se que um evento, trauma reconhecido como natural, possa passar despercebido na história do paciente3.

Características do cérebro do idoso
De acordo com Ferretti (2008) alterações no encéfalo, decorrentes do processo de envelhecimento podem acontecer. Mudanças com relação ao peso, volume e densidade deste órgão, provavelmente surgirão, porém embora aconteçam no envelhecimento, necessariamente não irão ocorrer da mesma maneira em todos os idosos, vários aspectos como nível de escolaridade e a presença de doenças irão determinar a ocorrência, ou não, desse processo.

Essa característica morfológica, anatômica, do cérebro do idoso, ou seja, de perda, diminuição, com avanço da idade nos leva a um aspecto fundamental, a característica do indivíduo e a probabilidade de ocorrência de traumas provenientes de situações cotidianas como, por exemplo, o hábito de andar de bicicleta e uma casa não adaptada a realidade do idoso; podendo gerar graves consequências no futuro, neurológicas e físicas/ estruturais e funcionais.

Esse espaço maior entre o encéfalo e o crânio permite uma maior mobilidade do cérebro, que em determinadas situações, como quedas ou batida de carro podem gerar uma lesão cerebral; se lembrarmos do princípio da inércia podemos compreender esse fenômeno, “um objeto que está em movimento não mudará a sua velocidade a não ser que uma força resultante aja sobre ele”. O individuo idoso pode ter parado, mas devido a ação brusca seu cérebro que tem um espaço maior dentro do crânio continua em movimento sendo então lesionado.

Lesão Cerebral (Sinais e Sintomas)
 No caso apresentado a lesão parece ter sido gerar por Golpe-Contragolpe, que de acordo com Frandsen et al (2002) é o tipo de lesão mais comum, gerada por aceleração-desaceleração, em que a cabeça sofre uma parada súbita, mas o cérebro continua a se movimentar. No caso do idoso, como já vimos isso é muito grave, pois o espaço entre o encéfalo e o crânio é maior, logo a possibilidade de “chacoalhar” o cérebro e a ocorrência de lesão é maior, mesmo o trauma sendo pequeno ou quase “insignificante” para alguns.

Os sinais e sintomas de acordo com esses autores, podem não aparecer de imediato após a lesão. Eles apontam alguns sinais de aumento na pressão intracraniana como:
  • Alteração na responsividade da vítima;
  • Combatividade e comportamento errático;
  • Dor de cabeça, às vezes intensa;
  • Perda de memória, confusão ou desorientação;
  • Fraqueza ou perda de equilíbrio;
  • Crises convulsivas;
Esses são só alguns dos sinais que um sujeito pode apresentar.

Tem outras curiosidades sobre cuidados com idosos? Acesse o portal da saúde do Ministério da Saúde.

Referencias Bibliográficas

  • FERRETTI, R.E de L. Fatores associados às alterações morfométricas crânio-encefálicas no envelhecimento – São Paulo, 2008. Tese (doutorado)- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Departamento de patologia.
  • FRANDESEN et al. Primeiros Socorros para estudantes. Editora Manole,2002.
  • NITRINI, R; BACHESCHI, L. A; A Neurologia que todo Medico Deve Saber. Paginas 189 a 203, Editora Atheneu, Segunda Edição, 2008

1 Site
2 Idem
3 Idem

Algumas doenças que costumam atingir as crianças até os 3 anos


Algumas doenças que costumam atingir as crianças até os 3 anos



Papais e mamães de plantão! Certamente você já ficou preocupado(a), aflito(a) e sem dormir, porque seu filhote estava doente!
Muitas doenças costumam afetar as crianças, e a ocorrência destas podem variar de acordo com as épocas do ano, ambientes que as crianças frequentam (creches e escolas), hábitos alimentares e de higiene, calendário de vacinação, idade e etc.
É importante lembrar que NUNCA se deve medicar a criança sem orientação do pediatra. As informações abaixo tem o único objetivo de informar, NUNCA de prescrever!!! Caso a criança apresente sinais de enfermidade, procure um médico.
Meningite - indica processo inflamatório e/ou infeccioso das membranas que envolvem o cérebro. Constituem-se numa doença infectocontagiosa com alta prevalência na faixa etária pediátrica, principalmente crianças na faixa etária de menor responsividade imunológica (recém-nascidos e menores de 2 anos), acarretando perdas motoras, neurossensoriais e suas consequências (surdez, retardamento mental, paralisia motora, etc.), além de alta mortalidade. No recém-nascido e no lactente, pela imaturidade do sistema nervoso, os sinais são pouco característicos, tornando o diagnóstico mais difícil, sendo preciso observar sinais de alarme: febre alta ou hipotermia, apatia, recusa alimentar, vômitos seguidos, sem relação com a alimentação ou náuseas; alterações no ritmo respiratório, fontanela (moleira) abaulada e tensa, convulsões.
DIABETES - doença crônica caracterizada pelo aumento excessivo e prejudicial das taxas de açúcar no sangue. Em crianças, o tipo de diabete mais comum é o 1, enquanto nos adultos, especialmente após os 40 anos, é o tipo 2. A diabete tipo 1 é uma doença autoimune que leva o corpo a atacar as células produtoras de insulina no pâncreas. Converse com o pediatra se seu filho apresentar um ou mais dos sintomas descritos abaixo: sede excessiva, fadiga e irritabilidade, aumento inesperado do apetite, perda repentina de peso,  hálito adocicado, com odor de fruta ou semelhante a vinhos.
CAXUMBA - É uma doença provocada por vírus que acomete as glândulas salivares e parótidas. Os sintomas são: febre baixa, dor muscular, dor de cabeça (como uma gripe), aumento das parótidas (abaixo da orelha), dor para ingerir alimentos ácidos ou muito doces. Como complicação pode haver o acometimento dos testículos e, eventualmente do cérebro, causando meningoencefalite.
CATAPORA - caracterizada por febre baixa, mal estar e falta de apetite, antes de aparecer o exantema (manchas pelo corpo – bolinhas vermelhas), também há acometimento das mucosas, formando aftas que dificultam a alimentação.
SARAMPO - É uma doença causada por vírus, acometendo predominantemente crianças de 2 a 5 anos. Atualmente é bastante rara no nosso meio. Alguns sintomas: vermelhidão na boca, conjuntivite, coriza, tosse e febre moderada, manchas pelo corpo (pescoço, face, corpo, braços e pernas).
RUBÉOLA - O vírus da Rubéola produz um quadro geralmente leve em crianças. Inicia-se com febre baixa acompanhada de exantema (manchas pelo corpo) leve de distribuição generalizada e que se espalha rapidamente, geralmente a garganta está inflamada. O maior perigo é adquirir o vírus durante os três primeiro meses de gravidez, quando vírus pode provocar malformações no feto; portanto, uma criança com rubéola deve ser afastada de qualquer mulher que esteja ou posa estar grávida. 
                AMIGDALITE - É a infecção das amígdalas causada por bactérias ou vírus. Formadas por tecido esponjoso, estas estruturas estão localizadas nos dois lados da garganta. Seu papel é produzir anticorpos para impedir que infecções da garganta, boca e seios da face se espalhem para o corpo. Sintomas: Dor, febre, inchaço ao lado do pescoço e da mandíbula, dificuldade para engolir, calafrios, dor de cabeça e muscular, mau hálito.
 BRONQUITE - É uma reação inflamatória dos brônquios que impede o ar de chegar aos pulmões. Catarro, tosse seca e com chiado. Com o agravamento, há tosse com escarros, dor atrás do osso do peito, fadiga, mal-estar geral e febre.  A doença pode progredir para uma pneumonia.
VIROSE – No verão, além da desidratação, a incidência de doenças gastrintestinais é muito frequente, uma vez que aumenta a quantidade de vírus causadores de diarreias, como também pela contaminação de comidas e bebidas por bactérias e vírus. Os principais sintomas de virose são febre, dor de cabeça, diarreia, vômito constante e, em alguns casos, dores abdominais.
O calendário de vacinação básica da criança oferecida pelo SUS previne algumas dessas doenças. Por esse e outros motivos é importante estar com a vacinação do seu filho em dia.
- Para ver o calendário de vacinação: 
Outra medida importante que ajuda na prevenção de doenças mais graves é o teste do pezinho. Chamado também de triagem neonatal, detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. A coleta do sangue é feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê. O Sistema Único de Saúde (SUS) instituiu o Programa Nacional de Triagem Neonatal, onde cobre a identificação de até quatro doenças (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e fibrose cística). Mas nem todos os Estados brasileiros realizam os quatro testes.
- Para saber mais sobre o Teste do Pezinho: http://guiadobebe.uol.com.br/teste-do-pezinho/
Converse sempre com o Pediatra do seu filho, tire suas dúvidas e saiba mais sobre os “riscos” que seu filho(a) está exposto. Não se esqueça que acidentes, principalmente os domésticos, também costumam ocorrer nessa faixa etária... Fique atento(a) !!!

Para saber mais sobre essas e outras doenças:

terça-feira, 24 de abril de 2012

                                          Conhecendo um pouco sobre Medicina Tradicional... 




Sabe-se que a chamada medicina tradicional surgiu antes mesmo do que conhecemos hoje como medicina moderna, e que muitas culturas ainda utilizam desses conjuntos de conhecimentos milenares como uma forma de promover à saúde a seus povos.

Tais conhecimentos percorreram a história e fazem parte dos sistemas de cura de muitas civilizações, são técnicas de prevenção, diagnóstico e tratamentos de doenças físicas, mentais ou sociais, que vieram do povo e aos poucos estão se inserindo nas universidades e formando profissionais qualificados que cada vez mais estão ganhando espaço na sociedade moderna.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) uma pessoa saudável deve ter equilíbrio em quatro aspectos principais:

- Social: o homem é um ser sociável, somos parte integrante de organizações como a família, o trabalho, a escola. Precisamos de integralização para nosso próprio desenvolvimento mental, físico e social. Um ser que se isola e não se integra com outras pessoas e por isso tem seu desenvolvimento afetado.

- Físico: a saúde física é a primeira a ser buscada, sem saúde não podemos realizar tarefas simples do dia-a-dia, como andar, comer, falar e, o aspecto social também estaria comprometido, afinal, como uma pessoa que não se sente bem fisicamente pode se integrar com outras pessoas?

- Mental: nesse aspecto residem as emoções, os sentimentos que são capazes de alterar a nossa saúde física, quem já não ouviu falar que alguém sofreu um ataque cardíaco depois de sofrer uma forte emoção? Ou ao receber uma notícia triste entrou em depressão? Afetando o aspecto social. Alguns dizem que “somos o que comemos”, mas alguns podem achar que esse ditado deve ser modificado para “Somos o que pensamos e o que sentimos”, porque o que pensamos e o que sentimos interfere intimamente em como vamos nos relacionar com os outros e com nós mesmos.

- Espiritual: este aspecto trata-se da necessidade do ser humano de desenvolver uma crença religiosa de acordo com sua cultura e influências, neste aspecto buscamos respostas para perguntas que nunca conseguiram ser respondidas. A esfera religiosa pode ser um conforto para aqueles que passaram por grandes traumas, como a perda de familiares e amigos ou pode ser alicerce, uma força que vem do divino para aqueles que querem vencer algum tipo de vício, uma forma de manter o otimismo e a esperança.

Para a medicina tradicional quando há desequilíbrio em algum desses aspectos é quando surge a doença e, é exatamente nesse desequilíbrio que as técnicas da medicina tradicional vão trabalhar para que o corpo entre em equilíbrio novamente. 



segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cuidando do Coto Umbilical


Coto umbilical



Quando um bebê nasce, é uma alegria geral em toda a família. Após esperar nove meses, ver seu rostinho, ver qual será a cor dos seus olhos, contar todos os dedinhos é a maior vontade não só de sua mãe, mas de toda a sua família.

E com a mesma frequência que vem esta vontade, vêm também as maiores dúvidas. Hoje falaremos sobre uma grande dúvida das mães quando seu bebê é recém-nascido: como cuidar do coto umbilical do bebê.


O cordão umbilical é o contato da mãe com o bebê quando ele ainda está na barriga dela. É por ele que o bebê recebe oxigênio e todos os nutrientes para que ele cresça e fique forte e lindo! Mas quando ele nasce, o cordão umbilical perde a sua função, tendo que ser cortado após o parto. É aí que surge a dúvida das novas mães: como cuidar, o que usar ou não e até quando o vestígio dele ficará no umbigo do bebê.


Algumas pessoas têm o costume de colocar uma moeda sobre a região do coto umbilical para que o umbiguinho do bebê fique mais bonito. Mas lembre-se sempre: isso pode causar infecções, pois a moeda não é limpa. A melhor forma de cuidar do umbiguinho do bebê e deixá-lo bonito é limpá-lo bem, como explicaremos a seguir.


Em primeiro lugar, devemos lembrar que não é preciso sentir medo de machucar o bebê na hora de higienizar o coto umbilical, pois o cordão umbilical não faz parte do corpinho do bebê e não dói. Dentro de 7 a 15 dias, o coto cairá e o umbiguinho logo estará completamente cicatrizado.


Ao longo do processo, é importante manter o local sempre bem limpo. Para isso, pode-se utilizar o álcool a 70% com um chumaço ou haste de algodão. A limpeza do coto umbilical pode incomodar o bebê por causa da baixa temperatura do álcool, mas é necessária para que não ocorram infecções no seu corpinho. Tente manter o coto sempre limpo e seco para que ele cicatrize e caia mais rápido. Caso a região apresente muita secreção, sangramento ou inchaço, procure seu pediatra para que ele te oriente sobre como cuidar do umbiguinho que provavelmente infeccionou. Quanto ao banho, não se preocupe, pois o coto umbilical pode ser lavado normalmente como qualquer outra parte do corpinho do bebê.


Seguindo essas dicas, é só aguardar com tranquilidade: o coto cairá e seu bebê logo terá um umbiguinho bem cuidado e saudável!
Se você deseja saber mais, pode visitar esses dois sites:


Agradecemos sua visita!


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Esterilização Cirúrgica Feminina



Esterilização Cirúrgica Feminina




Olá! Hoje nós falaremos um pouquinho sobre a esterilização feminina, mais conhecida por muitos como “laqueadura”. Muitas pessoas se perguntam o que ela é, quais são os riscos e benefícios e quem pode fazer. Tentaremos responder a todas essas perguntas.



A esterilização cirúrgica feminina, como o próprio nome já diz, é uma cirurgia. Essa pequena cirurgia impede que a mulher tenha filhos e não pode ser revertida. É muito eficaz e praticamente não há chance de falhar. Nela, as tubas uterinas da mulher são bloqueadas de alguma forma: podem ser cortadas, o que é mais comum no Brasil ou pressionadas com grampos ou anéis. Esse bloqueio impede que o óvulo da mulher e o espermatozoide do homem se encontrem e levem a uma gravidez indesejada.



A esterilização tem alguns benefícios: evita gravidez indesejada, dá maior liberdade à mulher por não interferir em suas relações sexuais nem no seu prazer sexual, não tem efeitos sobre o leite materno, não apresenta efeitos colaterais a longo prazo nem riscos à saúde. Porém, apresenta alguns riscos: não protege contra Doenças Sexuais Transmissíveis (DST’s), pode levar ao arrependimento por não ser reversível, há risco de gravidez ectópica (fora do útero), além dos riscos comuns a qualquer cirurgia, como as reações à anestesia.



Legalmente, no Brasil, podem passar pela esterilização as mulheres maiores de 18 anos com pelo menos dois filhos nascidos vivos ou com mais de 25 anos e sem filhos. Para quem já possui filhos (o suficiente para não querer ter mais), não quer ter filhos ou até mesmo possui mais filhos do que o planejado, é uma excelente opção. Também é uma boa opção para aquelas mulheres com má formação no útero ou outros problemas que levam sempre a abortos espontâneos. Mas devemos sempre lembrar que quase sempre é impossível voltar atrás. Por isso, se você deseja fazer essa pequena cirurgia, pense muito bem e decida pelo que for melhor para você e para sua saúde!


Se você deseja saber mais sobre a esterilização cirúrgica, pode consultar esse site: 


http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/corpo/cap12/cap12_pdf.pdf 


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